Este post está editado, e foi feito por mim em 24 de Janeiro de 2012, ou seja, faz algum tempo, não é mesmo?
De lá para cá, algumas coisas mudaram, dentre elas, a minha visão de Deus. Hoje estou com uma visão mais agnóstica em relação à Deus, e eventualmente postarei algo a respeito, uma vez que alguns conceitos que eu mesmo escrevi no texto abaixo falham sob determinada análise acerca disso e hoje ainda aceito um modelo mais “Metafísico” de Deus – ainda que tal modelo, de um modo geral, é resultado de pessoas pensando de acordo com determinados dogmas, e da mesma forma, tem suas falhas.
Contudo, deixo ele como referência para aqueles que porventura desejarem ver o progresso da minha linha de raciocínio a respeito disso. Se você por algum acaso for citar algum trecho como referência do que eu escrevi a partir da data de 30 de Dezembro de 2013 (dia desta edição), tenha pelo menos a dignidade de citar que no mesmo texto, se encontram estas considerações acerca do que eu escrevi, e que na presente data, minhas idéias já não são mais as mesmas ( 😉 )
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Eu sou uma pessoa que tem contato com tecnologia (nem tão de ponta assim), ciência e cultura em geral, que (ainda) tenho acesso a educação (publica) de qualidade e que tenho contato com pessoas com características parecidas. Também sou uma pessoa que tem atividade religiosa, sou católico, minha família é de origem católica e eu procuro seguir os passos recomendados pela doutrina católica. Também tenho familiáres evangélicos, amigos ateus, amigos espíritas, enfim, convivo com pessoas dos mais distintos credos, e creio que, apesar de algumas religiões pregarem categoricamente que o seu credo é o que leva aos céus e o das outras levam à perdição, percebo que o caminho é justamente o contrário: A busca do ecumenismo (união ou comunhão dos credos, não sei definir bem) é um o caminho que nos leva à paz. E afirmo mais ainda: Apesar de ter ciência de que, infelismente, a religião ainda é usada como ferramenta de controle, percebo que a causa do problema está no fato do ser humano sempre procurar interpretar as coisas ao seu modo.
Dito tudo isso, há algum tempo, um amigo meu, que conhece este meu lado, e que passou por uma experiência dessas onde a pessoa só sai viva graças ao que chamamos de “milagre”, e vendo que eu convivo bem com ciência e religião, me pediu que eu desse uma explicação científica para Deus. Eu disse a ele que eu tinha sim uma visão científica, que talvez explicasse alguma coisa, não é nada definitivo, mas já era um conceito formado. E para completar, disse que qualquer coisa que eu dissesse seria pouco para definir Deus, mas que iria postar minha visão a respeito, ainda que fosse uma visão “errada” ou simplista demais.
Bom, eu tenho sim a minha visão digamos “científica” de Deus, mas que novamente reforço em dizer que defino como sendo “extremante limitada” esta visão, pois toda ela é pequena para definir a grandiosidade do que eu considero como sendo Deus. Só de olhar para a grandiosidade do universo e para a infimidade das estruturas atômicas e subatômicas, perceberemos que todas as coincidências e toda a complexidade existente em tudo, não pode ser uma “simples coincidência”. Mas, como isso por sí só não explica nada, vamos nos aprofundarmos nisso: Citarei aqui fatos científicos base para o que irei escrever:
* Ondas eletromagnéticas permitem o transporte de energia de um ponto ao outro, à velocidade da luz, sem no entanto, haver sequer matéria entre os pontos de emissão e de recepção de energia;
* Corrente elétrica alternada produz campo eletromagnético variante, campo este que por sua vez pode se propagar mesmo no vácuo;
* Nosso cérebro é um “processador orgânico”, com sua infinidade de neurônios, interligados entre sí pelas sinapses nervosas, sendo cada snapse um canal capaz de conduzir corrente elétrica, de forma alternada, portanto, capazes de emitir e mesmo receber ondas eletromagnéticas;
* Pensamentos emitem ondas eletromagnéticas que podem ser medidas com instrumentos adequados;
* Sinais elétricos em perfeita ressonância se somam; Sinais elétricos em dissonância se subtraem;
* Se nosso cérebro for “perfurado”, as consequências irão variar dependendo da avaria, indo de uma simples perdade de parte da memória, passando por perdas de capacidade de fazer algo (locomoção, fala, etc) até a morte cerebral propriamente dita; Podemos até ter o caso do corpo continuar vivo com auxílio de equipamentos de sobrevivência de UTI (unidade de tratamento intensivo), entretanto, com o cerebro morto, desliga-se os equipamentos, o corpo morre.
Ora, já aqui temos a base para explicação de uma definição científica do que é a alma (Para mim, claro, e lembrando que ainda não cheguei no que seria um conceito de Deus): Alma é o conjunto de todos os impulsos nervosos e ligações sinápticas de nosso cerebro, feitos ao longo da nossa vida, desde a concepção do feto até o último suspiro no leito de morte, que está sempre em evolução, e que guarda algo de sua evolução. É algo dinâmico, como um “sistema operacional”, capaz de aprender, capaz de controlar a matéria (corpo) na qual ela está confinado, e que faz deste meio (o corpo) a ferramenta de interface com o mundo.
Considerando então a alma como sendo “um conjunto enorme de impulsos elétricos organizados” num suporte material, ela é capaz não só de afetar diretamente a matéria na qual tem suporte, ela por sí só tem a capacidade de alterar e influenciar o meio físico ao seu redor, diretamente e indiretamente, bem como perceber as coisas ao seu redor, de forma sensorial e extra-sensorial, através da percepção inconsiente do que as pessoas chamam de “vibrações”. É por isso que várias pessoas já tiveram experiências de estar em lugares sem nunca ter estado fisicamente lá, ou porque umas pessoas se dão bem uns com os outros e outras não: Isso ocorre quando há uma “sintonia” na forma de pensar: Essa sintonia acaba atraindo pessoas com mesmos gostos, mesmos pensamentos, afinal, o pensamento pode ser transmitido à distância.
Se todas as pessoas tem pensamentos, e estes pensamentos podem ou não estarem em sintonia, temos então o que eu acredito como sendo Deus: Deus é o conjunto de todas as “boas vibrações” do universo e de todos os bons pensamentos existentes. Ou seja, ele existe, está presente em todos os locais, e só sentimos sua presença para valer quando olhamos para dentro de nós, pois dentro de nós está a chave para o contato com Ele, já que nós, em essência, somos “pensamentos”.
Vale ressaltar também que justamente por isso existe o outro lado, o que defino como sendo “o mau”, aquilo que, no caso, é o oposto de Deus. Um conjunto de pensamentos negativos, capaz de destruir ou mesmo neutralizar pensamentos positivos caso deixemos que ocorra em nossas mentes.
Isso é coerente com o que normalmente é apresentado pelas pessoas “iluminadas” de cada religião. O conceito de Deus apresentado nas igrejas é o de que ele é aquilo que está em todo lugar, não podemos “tocar”, mas podemos sentir, é unipresente, podemos pedir que seremos atendidos, etc.
Por isso dizemos que uma oração tem poder, porque uma oração feita em grupos de pessoas é a unição de pensamentos com os mesmos objetivos, a fim de “atuar” em um objetivo, e que justamente por haver esta sintonia, ganha força.
Mas, e como Deus atua?
Existe uma frase de uma das músicas dos Titãs que explica bem o que eu acredito como sendo a atuação de Deus: “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído…”. O acaso é a forma de deixarmos Deus agir em nós. Não estou me referindo à uma ação irresponsável, de deixar as coisas sem controle. Me refiro a saber o que queremos pedir, a pedir o que queremos de forma conciênte, honesta, respeitando o semelhante e a sua existência, e a fazer a nossa parte para que as coisas ocorram, aproveitado as oportunidades que aparecem.
E se Deus existe e é assim tão bom, porque então ocorrem as coisas ruins no mundo, e com as pessoas?
Bom, nem é uma frase 100% minha mas eu concordo com ela em todas as formas: “Há muito tempo nós, homens que fazem parte de uma sociedade, decidimos retirar Deus das nossas vidas”. E Deus, como ser grandioso, respeita o livre arbítrio, ou seja, se você é uma pessoa que preza a harmonia, o bem ao seu semelhante, a justiça, a tolerância, o perdão, enfim, se você pratica tudo isso, mesmo não admitindo a existência de Deus, você está em harmonia com ele, e não vejo nada errado nisso. Entretanto, o problema é que não raramente, quando uma pessoa assume que Deus não existe, começa a fazer coisas em desarmonia com o bem comum – o que as religiões chamam de pecado – o que desarmoniza seus semelhantes. O tal do “ser esperto”, ser “mau”, “não perdoar”, ter punhos fortes, ou mesmo, o tal do “aproveitar dos trouxas”, gera desarmonia, o que ao longo do tempo, cresce na pessoa, e acaba por lhe envenenar a própria alma. Com isso, coisas ruins começam a ocorrer na sua vida, ela simplesmente “não entende o porquê”, acha que a culpa dos problemas é de “Deus”, e por fim, termina a vida como uma pessoa desprezada, largada, e mesmo que tenha dinheiro (o que não quer dizer que “ter” dinheiro é uma coisa ruim, se ele foi merecido, como resultado de esforço e poupança, não há nada de errado), enfim, mesmo que a pessoa tenha dinheiro, este pode não dar o retorno de felicidade esperado pela pessoa, ou pior, a ausência de Deus (ou da “boa vibração”, como queiram) na vida da pessoa pode resultar em uma degeneração de seu corpo de tal forma que a morte chega a ser um alívio.
Bom, essa é a visão que eu tenho a respeito de Deus. A minha religião, o catolicismo, segue o que ensinou Jesus Cristo, que consideramos “filho de Deus”. Outras religiões seguem o que ensinaram seus “iluminados”. Alguns seguidores da minha e de todas as outras religiões do mundo distorcem as coisas ao seu favor, o que gera incredulidade em Deus por parte das pessoas céticas. Eu entendo a situação, apesar de acreditar que infelismente isso é um equivoco. E até hoje , cada vez mais, quando me aprofundo nos conceitos da ciência, me convenço mais e mais de que não estou errado, não consigo negar a existência de Deus, e confirmo mais e mais a presença deste “algo” poderoso, capaz de nos levar à felicidade, a satisfação e, porque não dizer, nos fazer evoluir como seres espirituais que no fundo somos.
Por Clebermag
P.S. Não espero manifestação divina direta no que considero como sendo o “plano material”, ou seja, não espero que nenhuma lei física seja vioada em função da “atuação divina”. Entretanto, considero que a atuação divina ocorra na parte “volátil” da nossa existência, ou seja, na interferênca em nossos impulsos nervosos cerebrais (que podem sim sofrer influência de campos eletromagnéticos de frequências bem específicas).
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P.S. 2 – Como dito acima, este texto era uma visão minha em 24-01-2012.